Escrito por: Maísa Lima
Central Única dos Trabalhadores completa neste 28 de agosto 35 anos de luta
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) completa neste 28 de agosto 35 anos de luta. Infelizmente encontra o Brasil mergulhado numa crise econômica e política, a exemplo de quando foi criada, em 1983, em plana ditadura militar. Vivemos novamente num Estado de Exceção.
Como lembra o presidente nacional da entidade, Vagner Freitas, a CUT sempre esteve na ruas e junto com as demais centrais sindicais realizou a maior greve geral da história do País quando, em 28 de abril de 2017, 48 milhões de pessoas saíram em passeata contra a reforma da Previdência pretendida pelo governo golpista de Michel Temer (MDB).
Para marcar a data, a Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com.br) dedicou o programa Antena Ligada desta terça-feira à CUT. Estiveram no estúdio a atual presidenta, Iêda Leal, José Antônio de Oliveira Lobo, ex-presidente e Tiago Henrique Rodrigues dos Santos, secretário Sindicalização e de Formação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect-GO). Por telefone participaram ainda dois ex-presidentes: Otacílio Teixeira e Bia de Lima.
Conquistas
"Foram 35 anos de muitas lutas e conquistas. Nós, mulheres, obtivemos a paridade dentro do movimento sindical CUTista e continuamos a batalha intransigente em defesa dos direitos da classe trabalhadora", destacou Bia, atual presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Ela falou também da importância da política de valorização do Salário Mínimo, que aumentou o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras. "Essa e outras conquistas assustaram a arcaica elite brasileira, que tratou de articular o golpe de 2016".
Zé Antônio destacou a importância da organização da classe trabalhadora. "Não conseguimos barrar a Reforma Trabalhista, que tanto estrago está fazendo no mundo do trabalho, mas foi graças à nossa luta que não mexeram na Previdência. Somente unidos podemos fazer frente ao poder do capital, dos patrões", sentenciou.
Para Otacílio, para que o Brasil volte a ser um País de todos e não de poucos, precisamos retomá-lo das mãos dos golpistas. "A luta nunca termina. A rearticulação da direita é um fenômeno mundial e a CUT tem um papel fundamental a desempenhar: ajudar a construir a consciência da classe trabalhadora.
Atual presidenta da Central, Iêda destacou que o País precisa de educação, um Sistema Único de Saúde (SUS) fortalecido, segurança pública e democraticação da comunicação. "Há muito a ser feito. A primeira coisa é ocupar as ruas no dia 7 de outubro, primeiro turno das eleições, e votar em políticos(as) comprometidos(as) com as bandeiras da classe trabalhadora. Só assim tiraremos o Brasil das mãos dos golpistas e voltaremos a construir um País mais justo e igualitário para todos e todas", concluiu.