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31ºGrito dos Excluídos em Goiás reúne centrais sindicais e entidades representativas

A CUT Goiás esteve presente em mais um ato que marca a diversidade do povo brasileiro.

Publicado: 08 Setembro, 2025 - 10h25 | Última modificação: 10 Setembro, 2025 - 10h12

Escrito por: Juliano Cavalcante

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Com o lema “Vida em primeiro lugar” entoando em mais um Grito dos Excluídos/Excluídas, a 31ª edição do ato que ocorre em âmbito nacional, reforçou no último 07 de setembro a soberania como instrumento de defesa da democracia.

Historicamente organizado no Dia da Independência com o intuito de acabar com uma noção de patriotismo militar que alimenta a passividade e a desvalorização do próprio país em detrimento do colonialismo que explora e mata nossos povos originários, o movimento político e ecumênico potencializa a cidadania ativa em prol do desenvolvimento de uma comunidade justa, solidária e fraterna.

A cada ano a organização do evento escolhe uma temática para ser trabalhada junto a população, em 2025 foi pautado o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia”. Com a COP 30 se aproximando, em meio ao julgamento dos golpistas do 08 de janeiro e os recentes ataques dos Estados Unidos ao Brasil; a ecologia e a proteção do Estado Democrático de Direito foram abordadas com mais ênfase.

Em Goiás, a atividade aconteceu na Praça do Trabalhador, na capital do estado, organizada pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos da Democracia e da Soberania. A CUT Goiás e demais centrais sindicais, comunidades eclesiais, sindicatos, parlamentares, movimentos sociais e partidos progressistas marcaram presença no maior encontro popular regional.

Logo na concentração, vários líderes sindicais e representantes de instituições representativas fizeram seus discursos, abordando suas pautas de luta. Neste momento, as pessoas ali presentes receberam o Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, que proclamou palavras de incentivo a paz e proteção dos mais necessitados.

“Somos convidados como cidadãos e cristãos, a escutar os gritos de hoje, especialmente dos excluídos e excluídas, e também o grito da terra. Gritos historicamente ignorados, emudecidos ou desautorizados. Há gritos pela paz na faixa de gaza e demais países em guerra. Há gritos por soberania em países atacados pela guerra comercial. Há gritos por soberania e democracia frente as ameaças de ditaduras e golpes políticos. Há gritos por justiça fiscal em defesa da igualdade distributiva dos impostos. Gritos das vítimas de feminicídio, de proteção contra o crime organizado, por políticas públicas, pela terra, teto e trabalho. Há gritos pela reforma agrária e urbana; e pela educação pública de qualidade. Há gritos pela ética e contra a corrupção; pela consciência política e contra a venda de votos. Há gritos pelo fim da dependência química e de jogos, contra as polarizações políticas e fundamentalismos religiosos. Há gritos contra o racismo, os etnocentrismos, a misoginia, o etarismo, a homofobia, o ódio e a violência. Há gritos contra a adultização das crianças; grito de pessoas com deficiência clamando por mais acessibilidade. Gritos pela regulamentação das redes sociais. Gritos pelo direito a vida desde sua concepção até seu declínio natural”, clama Dom João.

Após esta etapa, os grupos realizaram uma passeata no entorno da praça recitando palavras de luta e justiça.

Napoleão Batista, Secretário de Finanças da CUT, afirmou os valores da instituição durante a caminhada.

"Nós estamos aqui em defesa dos direitos da classe trabalhadora, onde a luta interessa o povo a CUT sempre estará presente. Atualmente estamos vivendo um momento de decisão, temos que saber se estamos do lado do Brasil ou não. A CUT está do lado do país, batalhando pela sua soberania e democracia!", diz.

Bia de Lima, parlamentar e líder sindical, neste momento do ato, abordou as principais pautas de luta dos trabalhadores/as.

"Estamos aqui para defender todas as pessoas sem qualidade de vida, queremos vida digna para todos/as. Somos contra a escala 6X1, porque isso maltrata as famílias,  as mães não conseguem estar com seu filhos e nem educa-los devido a rotina exaustiva e a necessidade de levar sustento para o lar. Permaneceremos na rua para que o nosso povo tenha voz para reivindicar os seus direitos!".

A CUT Goiás reafirma que seguirá nas ruas lutando pelos trabalhadores/as que fazem o Brasil crescer e se desenvolver a cada dia. Lutaremos juntos pela justiça tributária, por uma jornada de trabalho humanizada, pela valorização salarial, reconhecimento e dignidade.