17ª Plenária da CUT começa com amplo debate sobre ação dos sindicatos
A Plenária nacional da CUT reúne 598 delegados de todo o país, sendo Goiás responsável por levar 6 representantes.
Publicado: 15 Outubro, 2025 - 10h10 | Última modificação: 15 Outubro, 2025 - 10h30
Escrito por: Juliano Cavalcante

Na última terça-feira, 14 de outubro, começou a 17ª Plenária Nacional da CUT João Batista Gomes (Joãozinho), com o tema “Novos tempos, Novos desafios”. O evento que ocorre na quadra dos bancários, em São Paulo, até o dia 17, realizou sua mesa de abertura com a participação de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e liderança histórica do PT, que realizou a análise de conjuntura junto com Sergio Nobre, presidente da CUT, e Juvandia Moreira, vice-presidente da Central.
A Plenária reúne 598 delegados advindos de todo o país. Flávio Alves, presidente da CUT Goiás, Ludmylla Morais -SINTEGO, ambos delegados natos; Ricardo Manzi – SINDSAÚDE-GO; Bia de Lima – SINTEGO; Tiago Henrique – SINTECT-GO; e Agajoeme Alves Barreto – SINTRAF/Caiaponia- FETRAF; representam a delegação de Goiás no evento
O foco do debate esteve sobre o papel fundamental dos sindicatos para as eleições de 2026, que devem trabalhar arduamente junto às centrais, federações e movimentos populares para reeleger o presidente Lula; além de focar na ampliação de deputados e senadores aliados à causa popular no Congresso Federal.
Para Sergio Nobre, o sindicalismo deve se reorganizar para que suas pautas de luta alcancem milhões de brasileiros/as. Foi destacado os projetos centrais da CUT para o próximo período, sendo a atualização do modelo sindical, que deve tramitar em comissão mista no Congresso, e a luta contra a reforma administrativa, destaques na mesa.
A redução da jornada para 40 horas semanais e o fim da escala 6x1 também foram discutidas.
Em sua fala, José Dirceu, que também ocupou os cargos de deputado estadual e federal, reiterou que a união entre os sindicatos e trabalhadores/as é capaz de reconstruir o país e consolidar o projeto político da classe.
Ele lembrou que governos anteriores acabaram com a autonomia do Estado ao privatizar empresas e realizar cortes orçamentários, sendo necessário retomar a soberania nacional.
“Nós precisamos reconstruir o Estado brasileiro, retomar empresas estratégicas e reindustrializar o país. Um Estado fraco é um Estado submisso”, afirma.
Ao analisar os cenários nacional e internacional, Dirceu disse que com o grande avanço da extrema direita, é preciso que a classe se organize para garantir o futuro do Brasil
“O que estamos enfrentando não é apenas uma disputa eleitoral, é uma batalha de valores. Eles querem um mundo branco, cristão e hétero; nós queremos um mundo de diversidade, solidariedade e justiça social”, argumenta.
No que diz respeito a economia, o ex-ministro criticou a estrutura tributária regressiva e alta taxa de juros.
“Os ricos seguem isentos enquanto o povo paga a conta. O país é riquíssimo, mas a renda continua concentrada. Não é possível crescer sem distribuir”, destaca.
Dirceu ainda defendeu uma nova linha de crédito e investimento apoiada em bancos públicos, fortalecendo a indústria nacional e as desigualdades regionais, colocando o Nordeste e o Norte no novo ciclo de desenvolvimento
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Programação Completa do Evento
*Com informações da CUT Nacional*