Escrito por: Maísa Lima

14 de junho - Greve Geral

Centrais sindicais encerram 1º de Maio unitário chamando para mobilização contra derrubada de direitos

Cláudio Marques
1º de Maio foi comemorado na Praça Universitária, em Goiânia

Os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros assistem perplexos à precarização dos empregos. Levantamento do Instituto Locomotiva mostrou que aplicativos como Uber, Rappi e iFood viraram fonte de renda para 5,5 milhões de autônomos. Esse cenário evidencia a importância de manter trabalhadores unidos coletivamente e por conseguinte, a importância dos sindicatos.

Isso ficou evidente no 1º de Maio deste ano. "É preciso nos organizar e defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo retirados, um a um, desde o golpe de 2016", pontua o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás), Mauro Rubem.  

Por sinal, neste Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, as dez Centrais Sindicais: CUT, CTB, Força Sindical, Intersindical (duas), CSP-Conlutas, Nova Central, CGTB, CSB e UGT -, além das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, anunciaram a data da greve geral que paralisará o País contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL). A data indicativa para a paralisação é o dia 14 de junho.

A reforma que Bolsonaro diz que vai combater privilégios praticamente acaba com o direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores, e atinge em especial os rurais, as mulheres e os mais pobres. Se o Congresso Nacional aprovar o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 006/2019, além da obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres da cidade, o valor das aposentadorias será drasticamente rebaixado. Para ter acesso ao benefício integral, os trabalhadores e trabalhadoras terão de contribuir por, pelo menos, 40 anos.

"A classe trabalhadora não vai aceitar passivamente que seus direitos sejam rebaixados. O argumento de que se não houver reforma, não teremos mais aposentadoria, é falso. Vejam o caso da Refroma Trabalhista. Diziam que iria gerar empregos. Ora, o número de desempregados subiu de 11 milhões para 13,1 milhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta Ademar Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Sintsep-GO).