1º de Maio de Resistência e Solidariedade
Publicado: 04 Maio, 2021 - 00h00
Estamos nos aproximando de mais um 1º de Maio – Dia do Trabalho (Dia da Classe Trabalhadora) – e infelizmente a Pandemia de Covid-19 continua ceifando milhares de vidas. Pelo segundo ano seguido vamos nos limitar a manifestar virtualmente, para assim evitar aglomerações que poderiam contaminar mais gente com o “vírus da morte”.
A preservação da vida é a principal bandeira da Central Única dos Trabalhadores (CUT) neste momento. Por isso, os sindicatos filiados à CUT têm pressionado os parlamentares para que garantam auxílio emergencial para quem precisa de vacinação urgente, para todos e todas.
Falta responsabilidade e compaixão aos nossos governantes! O presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) é o principal responsável pelas vidas perdidas. Foi negacionista desde o primeiro momento e incentivou o povo a usar medicamentos que a ciência comprovou serem ineficazes no combate ao coronavírus. Ele próprio incentivou aglomerações e o não uso de máscaras protetivas.
Cobramos e lutamos para garantir o auxílio emergencial para todos aqueles que precisam, mas salvo honrosas exceções, os parlamentares ignoraram o fato de que a fome está presente em milhões de lares e aprovaram recursos que não conseguem adquirir sequer uma cesta básica, num momento em que a alta dos alimentos é galopante e o salário mínimo não teve sequer suas perdas reajustadas.
O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), indica que nos últimos meses do ano passado, 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos domicílios no País enfrentou algum grau de insegurança alimentar.
E o que dizer de quem está desempregado?
O que já era ruim, piorou muito com a pandemia!
Com um contingente de 14 milhões de desempregados, o habitual contexto de insegurança e de medo de demissão se combinam ao do trabalho remoto e potencializam a invasão dos tempos livres pelo trabalho. Especialistas em saúde pública vêm denunciado que essa situação leva a mais pressão e adoecimento.
E o que o governo brasileiro tem feito, enquanto diversos países lançam pacotes bilionários de incentivo e apoio às pessoas e ao setor privado? Jair Bolsonaro reduziu a presença do Estado na economia e como provedor das políticas sociais: enquanto o trabalhador adoece na pandemia, a atuação do governo afasta qualquer perspectiva de recuperação do mercado de trabalho e de desenvolvimento nacional.
O Governo Bolsonaro insiste nas malfadadas reformas que só tiram direitos da classe trabalhadora. A Reforma Trabalhista é um ataque ao serviço e aos servidores públicos. E o que seria de nós, da população, sem o Sistema Único de Saúde (SUS)? E sem os trabalhadores da Educação, que enfrentam as maiores dificuldades para continuar lecionando de forma remota, sem qualquer auxílio governamental? Podemos repetir essa pergunta colocando toda uma gama de serviços e de categorias.
A CUT nunca abrirá mão de seu papel, que é defender a classe trabalhadora e garantir que direitos não sejam retirados e sim ampliados.